Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux negou nessa terça-feira mandado de segurança do PSC contra resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga cartórios de todo o Brasil a celebrar a união estável ou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Para o ministro, o CNJ tem competência para regulamentar questões internas da Justiça de acordo com valores constitucionais.
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Pela terceira vez, Comissão de Direitos Humanos cancela votação de projeto de "cura gay"PSC recorre ao Supremo contra decisão do CNJ sobre casamento gayConselho de psicologia critica discussão de 'cura gay'Projeto que veta casamento gay aguarda parecer para ser votado no plenário da CâmaraPedido de vista impede aprovação projeto da 'cura gay' em comissãoComissão de Direitos Humanos se reúne nesta terça-feira para votação do projeto da cura gay“É de se ressaltar que tal postura se revela extremamente salutar e consentânea com a segurança e previsibilidade indispensáveis ao Estado Democrático de Direito, em geral, e à vida em sociedade, em particular, além de evitar, ou, pelo menos, amainar, comportamentos anti-isonômicos pelos órgãos estatais”, analisa.
Fux também entende que o PSC cometeu erro formal ao optar por um mandado de segurança para questionar a “lei em tese”. Ele acredita que a legenda deveria ter escolhido uma ação direta de inconstitucionalidade para tratar do tema.
O PSC alegava que o CNJ cometeu abuso de poder ao editar a norma, e que a resolução não pode ter validade sem passar pelo processo legislativo. Se a legenda recorrer, o caso deverá ser analisado pelo plenário do STF.