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Estado de Minas

Dilma não deve desculpas sobre Bolsa-Família, rebate Carvalho

O comentário do ministro-chefe da da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, é uma resposta ao senador Aécio Neves


postado em 29/05/2013 11:31 / atualizado em 29/05/2013 11:37

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira  que a presidente Dilma Rousseff não deve desculpas sobre o caso Bolsa-Família. O comentário foi uma resposta ao senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que afirmou nessa terça-feira (28) que Dilma devia desculpas pelo fato de o governo ter omitido informações sobre a antecipação de pagamentos do Bolsa Família.

"Não vejo razão nenhuma para desculpa. A presidenta não fez nenhuma ilação, a presidenta teve todo cuidado de determinar a investigação do assunto. Eu acho que ela agiu de maneira muito adequada", afirmou Carvalho, após participar de evento no Palácio do Buriti, em Brasília. "Não há da parte da presidenta nenhuma atitude que possa levá-la a pedir qualquer desculpa."

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiram na última segunda-feira (27) ter errado ao não dizer desde o início que o dinheiro do programa havia sido liberado antecipadamente para parte dos 13,8 milhões de beneficiários no dia 17 de maio - antes, o pagamento era escalonado no mês, a depender do número final do cartão do programa. No dia seguinte à liberação, em 18 de maio, uma onda de boatos sobre o fim do Bolsa Família levou centenas de pessoas às agências da Caixa. A Polícia Federal investiga o caso e não descarta que o pânico tenha sido motivado por essa antecipação feita sem aviso prévio.

No sábado passado, durante visita à Etiópia para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana, Dilma Rousseff admitiu que pode haver falhas no programa. "Somos humanos, pode ter tido falhas. O que estou dizendo é o seguinte: não é uma falha tópica que explica (a ida de pessoas a agências da Caixa em) 12 Estados", afirmou. "Não há processo que não tenha falhas."


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