Recife - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, defendeu nesta quarta-feira um acordo de lideranças como solução para a votação das Medidas Provisórias 601 e 605 sem descumprir o pacto feito pelo Senado de só votar MPs com um prazo de sete dias para debate.
"Agora o único caminho é o do convencimento", afirmou Campos, ao garantir que se depender do PSB as MPs serão votadas no Senado, da mesma forma como já foram votadas pela bancada socialista na Câmara Federal. Segundo ele, o partido reconhece a importância da matéria. "Só não sei se nossa posição será suficiente, tem outros que não estão admitindo", observou.
Só o acordo de lideranças, segundo o governador, teria força para superar esse pacto, embora a MP 605, que permitirá redução da conta de luz, poderá ser votada porque chegou na ordem do dia e cumpriria o prazo. Já a MP 601, que desonera folha de pagamento de setores da economia, ficaria de fora porque chegou depois da leitura da ordem do dia.
Possível candidato à Presidência da República, Eduardo Campos destacou que, a partir de agora, o governo federal precisa "coordenar a questão dos prazos para que a matéria chegue nas duas Casas a tempo de haver o debate e de se cumprir o que foi tacitamente acordado no colégio de líderes".
Ele deu entrevista depois de inaugurar o Terminal Integrado TIP, no bairro do Curado, em Recife, que irá facilitar o acesso ao estádio Itaipava Arena Pernambuco nos jogos da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo, no próximo ano.