No dia 21, o PT propôs uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais em razão da regulamentação de 14 conselhos municipais por decreto, no qual foram estabelecidas a composição, o número de membros, a competência e a finalidade de cada um deles, conforme publicação oficial no dia 14. Barbacena conta agora com os conselhos municipais da Igualdade Social, da Segurança Alimentar, de Habitação de Interesse Social, de Alimentação Escolar, dos Direitos da Mulher, do Desenvolvimento Rural Sustentável e até mesmo o Conselho de Proteção e Defesa dos Animais.
Relatórios
O vereador Gonzaga explicou que, além dessa ação, a oposição a Andrada já encaminhou ao Ministério Público estadual uma série de relatórios com supostas irregularidades na gestão do tucano, como o fechamento de escola, a contratação de ônibus para transporte escolar sem licitação, entre outros, que está sob análise. “Nós tivemos o cuidado de consultar o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), que atestou a falta de previsão legal para esse tipo de transação financeira, mas de nada adiantou. Vamos analisar mais uma vez o que fazer”, disse o peemedebista. A Adin que questiona a nomeação dos conselhos foi distribuída terça-feira para o desembargador Antônio Carlos Cruvinel.
Desde que assumiu o cargo, o prefeito recebeu autorização da Câmara Municipal para fazer reformas administrativas por meio de leis delegadas, dispensando a apreciação da Casa. Dessa forma, os vereadores estão de braços cruzados até novembro, assumindo um papel apenas figurativo no cenário político municipal. O prefeito Toninho Andrada disse que ainda não redigiu o decreto remodelando os conselhos municipais, portanto não há como se falar em inconstitucionalidade. “Os conselhos eram compostos por representantes de órgãos que nem existem mais. Minha proposta é revitalizar essas estruturas, que eram letra mortas”, explica.
Quanto à permuta para quitar compromissos financeiros, Andrada considera apenas “uma fórmula inteligente de se enfrentar as dificuldades financeira”. “O que eu quero é poder pagar a desapropriação de um imóvel para criação de uma escola com um terreno ocioso do município. Assim como o cidadão devedor de impostos, proprietário de um prédio, pode ceder o imóvel à prefeitura sem a cobrança de aluguel até a quitação de sua dívida”, explica o prefeito. “Não vejo inconstitucionalidade nisso.”