O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acabou de sair de uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na capital paulista, na qual discutiram as questões do endividamento do Estado e a reforma do ICMS. Numa rápida entrevista após o encontro, o governador disse que pediu que São Paulo pudesse ampliar limite da sua dívida em mais R$ 7 bilhões, valor que as finanças do Estado passaram a ter de folga com a redução da proporção da dívida em relação à receita líquida corrente de duas vezes para uma vez e meia.
O governador lembrou que, de acordo com o Programa de Ajuste Fiscal (PAF), cada Estado pode contrair uma dívida de, no máximo duas vezes a sua receita líquida corrente. "Com esse valor de R$ 7 bilhões, São Paulo poderá gerar mais emprego e propiciar um bem estar social maior à população, especialmente na questão da mobilidade urbana", afirmou.
Segundo Alckmin, o ministro recebeu bem as solicitações, mas explicou que a resposta não depende só do governo federal. "É preciso passar pelo Congresso e focar o melhor para o coletivo", disse o governador, informando que a dívida do Estado encontra-se hoje em R$ 190 bilhões.
Sobre a reforma do ICMS, o governador disse ter reiterado ao ministro que São Paulo defende uma alíquota interestadual única de 4% e que, no máximo, aceita duas alíquotas, sendo a outra de 7%. Pelo que foi aprovado no Congresso, ficaram estabelecidas três alíquotas, uma de 4% para o Sul e Sudeste, uma de 7% para Norte, Nordeste e Centro-Oeste e uma de 9% para a Zona Franca de Manaus.
Mantega continua no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo durante o resto do dia. Pela manhã, ele recebeu também o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.