A Justiça Federal anulou na noite dessa segunda-feira a liminar que dava prazo de 48 horas para os índios deixarem a Fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), onde o terena Oziel Gabriel foi morto. A justificativa foi de que a Funai e o Ministério Público Federal não foram consultados. A nova decisão estabeleceu prazo de 36 horas para a União, Funai e MPF se manifestarem sobre o caso.
O episódio causou reação em cadeia e comunidades organizaram novas ocupações em fazendas em Mato Grosso do Sul, bloquearam rodovias no Rio Grande do Sul e invadiram a sede do PT em Curitiba.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve se reunir com lideranças indígenas e representantes do governo nesta quinta-feira (6), para tratar do conflito na Fazenda Buriti. O Palácio do Planalto quer buscar rapidamente soluções para a questão das demarcações de terras por avaliar que os conflitos desgastam a imagem da presidente Dilma Rousseff entre os movimentos sociais.