O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara de Belo Horizonte, vereador Henrique Braga (PSDB), acusou nessa terça-feira o presidente da Câmara e seu colega de partido, Léo Burguês, de estar omitindo informações importantes sobre o orçamento da Casa. Braga e os vereadores Gilson Reis (PCdoB) e Tarcísio Caixeta (PT), que também integram a comissão, defenderam que o Ministério Público seja acionado caso dados sobre contratos, limpeza, vigilância e publicidade relativos ao período entre 2009 e 2012 não sejam entregues à comissão até terça-feira. “É função do presidente da Casa responder, mas ele não prestou as informações. Era para (o requerimento) ser respondido em 30 dias e já se passaram quase 90”, afirmou Braga. Burguês respondeu que as informações foram liberadas há 15 dias, mas foram erroneamente endereçadas ao gabinete de Gilson Reis, autor dos requerimentos. A assessoria de Reis, porém, informou que não recebeu a papelada.

Segundo a assessoria de Gilson Reis, os gastos da Câmara com servidores terceirizados aumentaram de R$ 287.173 para R$ 454.986 do último quadrimestre de 2012 para o primeiro de 2013. “Nós precisamos esclarecer esses gastos.” O parlamentar considerou que os dados entregues não são suficientes. Ele pede informações sobre pagamentos de servidores, nome por nome. Segundo Burguês, os dados estão disponíveis no site da Câmara.

 A comissão aprovou nessa terça-feira dois empréstimos à Prefeitura de Belo Horizonte, nos valores de US$ 450 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) e R$ 400 milhões, que agora seguem para votação em plenário.