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Estado de Minas

Em Itaúna, ex-prefeito e namorada são acusados de abuso de poder

Se condenados, a dupla pode pegar até 20 anos de prisão


postado em 05/06/2013 15:32

O Ministério Público (MP) de Itaúna, no Centro Oeste de Minas, através do Grupo de Combate à Corrupção, ofereceu nessa terça-feira mais três ações penais contra a ex-chefe de gabinete, Iris Léia Rodrigues da Cruz, o ex-prefeito, Eugênio Pinto e o grupo criminoso por eles liderado. Ex-namorada de Eugênio, Iris é acusada de liderar uma organização particular com a finalidade de praticar crimes com abuso de poder. O casal, que vem protagonizando escândalos políticos desde o ano passado, pode pegar mais de 20 anos de prisão.

Dessa vez, Iris, Eugênio e outros três servidores foram acusados de formação de quadrilha e violação do patrimônio público de Itaúna, no que o MP chamou de a “farra dos celulares”. De acordo com o órgão, apenas em julho de 2012, quando a ex-chefe de gabinete já não trabalhava mais na Prefeitura, ela teria gasto mais de R$ 10 mil em ligações feitas de um celular corporativo que pertencia à administração pública. Ela tinha o aval do ex-prefeito para utilizar o aparelho.

Na segunda ação penal proposta, Iris é acusada de promover uma servidora de cargo, com salário bem mais elevado, exigindo, em contrapartida, que a funcionária lhe pagasse mensalmente uma quantia em espécie. Na terceira Denúncia, a ex-chefe de gabinete é acusada da prática de estelionato. Ela teria emitido um cheque sem fundos no valor de R$ 165 mil para pagar despesas de sua campanha à vereadora.

Iris Léia pode pegar mais de 30 anos de prisão, e Eugênio Pinto mais de 20 anos. No total, o ex-prefeito já responde a 25 ações de improbidade, duas ações eleitorais, e duas ações penais por quadrilha, corrupção, peculato e falsidade ideológica. Ele já foi condenado por improbidade administrativa pelo Superior Tribunal de Justiça, e por abuso de poder político pela Justiça Eleitoral, estando inelegível por 8 anos, aguardando o desfecho das ações criminais.

Iris teve seu registro eleitoral cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, já foi condenada e está inelegível pela Justiça Eleitoral por 8 anos, e responde a uma ação penal eleitoral e, agora, a cinco ações penais na Justiça Comum, por quadrilha, corrupção, peculato, concussão, falsidade e estelionato.


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