Ao destacar que grande parte da população brasileira ainda vive em condições de pobreza, o advogado Luís Roberto Barroso, que está sendo sabatinado no Senado Federal para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu regras penais moderadas e disse que é preciso valorizar a carreira de defensor público para garantir iguais condições de defesa entre os mais pobres e os mais ricos.
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Barroso defende atuação do Judiciário em casos de omissão do Legislativo e do ExecutivoJudiciário deve respeitar decisões políticas do Legislativo, diz BarrosoBarroso evita se posicionar sobre maioridade penalBarroso diz que Supremo endureceu no julgamento do mensalãoSenado aprova Barroso para o STF, com 59 votos a favorPlenário vota indicação de Barroso para o STFCCJ aprova Barroso para o STF com 26 votos favoráveis'Não estudei o mensalão', diz Barroso em sabatinaNa opinião do advogado, é preciso que as polícias sejam mais bem equipadas e treinadas. Além disso, as autoridades brasileiras têm de pensar em mecanismos alternativos, como a prisão domiciliar, para os casos em que não existe uma ameaça para a sociedade.
Ainda respondendo a perguntas sobre decisões que impactam diretamente a população brasileira em temas da Justiça, Barroso explicou que não é um estudioso do processo de internação involuntária e compulsória de usuários de drogas, mas lembrou que o Poder Público tem o dever de proteger a sociedade brasileira. “O Poder Público deve respeitar direitos, portanto, a autonomia , mas também tem o dever de proteger a sociedade. Portanto, se uma pessoa se torna um risco para a sociedade, o Poder Público deve interferir."
Barroso ainda descreveu suas origens, durante a sabatina, para defender a pluralidade religiosa. Lembrando que é filho de mãe judia e pai católico, ele defendeu o direito de representantes de todas as religiões se manifestarem, desde que isso ocorra de forma pacífica. “Um estado laico é o estado que tolera e respeita todas as religiões, mas não promove nenhuma. Respeito a diferentes manifestações.”