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"Se fosse duas partes em conflito entre si, eu me conservaria calada, mas acredito que esse é um importante e perigoso precedente. Eu sei que o doutor Gurgel esteve bastante preocupado a respeito disso, mas me preocupa a preservação do espaço democrático de discussão", disse Deborah. Ela concorre em lista tríplice à chefia da PGR, que ficará vaga em agosto. Gurgel está em evento oficial na Espanha.
Antes de Deborah falaram em defesa do projeto de lei o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Eles argumentaram que no Brasil não há controle prévio de constitucionalidade e que os parlamentares cumprem seu papel ao discutir o projeto segundo a autoridade que lhes foi conferida pelo voto popular. Argumentaram, ainda, que há outras formas de atacar irregularidades no texto, caso elas persistam no final.
Do outro lado, o projeto de lei foi criticado pelos advogados de Rollemberg e dos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Eles destacaram que o texto busca evitar a criação de partidos para concorrer com a base governista, ferindo o princípio da pluralidade partidária previsto na Constituição.