Lisboa – A presidenta Dilma Rousseff começou seus contatos políticos, hoje (9), em Portugal, conversando com a oposição. Dilma recebeu nesta tarde a visita do secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro. A reunião tratou das relações entre Brasil e Portugal e de investimentos. De acordo com Seguro, os investimentos portugueses no Brasil não devem ser considerados estrangeiros, mas “investimentos de um país amigo”.
Portugal vive uma recessão nos últimos dois anos, enquanto a situação econômica do Brasil é “bem melhor”, segundo o secretário-geral. “Aprecio muito as declarações que a presidenta Dilma tem feito contra a austeridade e sobre a necessidade de haver políticas públicas a favor do crescimento”, disse Seguro.
Na conversa entre Dilma e o líder da oposição portuguesa, eles trataram “globalmente” da possibilidade de o Brasil e de empresas brasileiras participarem da privatização de empresas portuguesas, como da companhia Transportes Aéreos Portugueses (TAP), da companhia estatal de saneamento Águas de Portugal (AdP), da empresa de Correios, Telégrafos e Telefones (CTT) e do estaleiro Viana do Castelo.
O Brasil, recentemente, tentou sem êxito participar da privatização da companhia Energia de Portugal (EDP), da rede de transmissão de energia Redes Energéticas Nacionais (REN), da companhia de infraestrutura aeroportuária Aeroportos de Portugal (ANA) e da própria TAP.
Entre as empresas com maior participação no mercado português, estão a de fabricação de aeronaves Embraer, a construtora Camargo Corrêa – dona da principal fábrica de cimento do país – e a empreiteira Andrade Gutierrez – que fez de Portugal a plataforma de lançamento para 14 países da África.