A cidade de São Paulo vai defender nesta semana, em Paris, sua candidatura para sediar a Expo 2020. O prefeito Fernando Haddad (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) embarcaram para a França no fim de semana para tratar pessoalmente do assunto.
Diplomatas avaliam que a candidatura de São Paulo ganhou robustez nos últimos seis meses e que a integração explícita das três esferas de poder pode produzir resultado positivo.
A Expo é organizada desde 1851 pelo Escritório Internacional de Exposições, entidade sediada em Paris. Em março, delegados da entidade fizeram uma vistoria em São Paulo. Um terreno de 5 milhões de m² em Pirituba foi escolhido para receber o pavilhão de exposições. A feira de 2020 deve durar seis meses e atrair 30 milhões de visitantes.
O governo do Estado pretende aproveitar a viagem para garantir investimentos para projetos considerados prioritários. Durante a estadia em Paris, deve ser anunciado um financiamento para a Linha 13-Jade da CPTM, que chegará até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Alckmin deverá, ainda, apresentar a carteira de Parcerias Público-Privadas (PPP) para empresários franceses.
“Temos uma carteira de PPPs que prevê R$ 50 bilhões em investimento em linhas de trens, metrô e outras obras”, diz o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Júlio Semeghini. “Também vamos mostrar para os empresários que São Paulo é um bom lugar para se investir.”
Uma das justificativas para a realização da Expo é o legado que o evento pode deixar. A construção de um novo centro de convenções pode levar desenvolvimento para a região noroeste da capital. Além disso, a cidade pode ganhar um novo cartão-postal: uma torre de 155 metros de altura.
Nos sete anos que antecederam a Expo 2010, a cidade de Xangai, na China, gastou o equivalente a R$ 330 bilhões em projetos de infraestrutura. O metrô, por exemplo, dobrou de tamanho e passou a ter 420 km.
Pontos turísticos
Iniciadas em 1851, em Londres, na Inglaterra, as exposições universais costumam provocar o surgimento de pontos turísticos. O exemplo mais famoso é o da Torre Eiffel, em Paris, construída como monumento temporário para a Expo 1889. Um ano antes, Barcelona, na Espanha, havia erguido o Monumento a Colombo, um mirante.
Entre as inovações tecnológicas apresentadas ao mundo durante uma Expo estão telefone, cinema e televisão.