Jogada no centro do furacão nas últimas semanas, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, tem passado por um teste de fogo, já de olho em 2014. Antes entocada no Palácio do Planalto, restrita a poucas aparições públicas, a pré-candidata ao
governo do Paraná tem intensificado as inserções na vida e na interlocução política do governo e, com isso, na mídia. Os últimos passos, entretanto, foram avaliados por políticos, da base e de oposição, como “amadores”, mas eles acreditam que, dificilmente, isso terá impacto na candidatura.É fácil perceber o aumento da participação da ministra em assuntos fora do Palácio do Planalto. Ela foi a escolhida para, ao lado da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conduzir as negociações com o Congresso a respeito da Medida Provisória dos Portos. Apesar de participar da elaboração de todos os programas do governo federal e dar opinião sobre cada um, não era ela quem costumava negociar com parlamentares. Nos bastidores do Palácio, comenta-se que a escolha se deu graças à pouca expressividade do ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Geralmente são os ministros das áreas afins que conduzem as articulações técnicas em casos envolvendo o parlamento. Reconhece-se, entretanto, que o momento foi oportuno, e esse foi um primeiro teste de sua atuação como articuladora.