O ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria Integrada, Gustavo Loyola, disse nesta terça-feira que a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff vai acabar fortalecendo o trabalho do Banco Central no combate à inflação. Loyola participou, ao lado do especialista em economia internacional Arturo Porzecanski, de evento sobre a relação comercial entre Brasil e Argentina.
"Mas continuamos com a política fiscal muito ruim. Precisamos retomar o tripé macroeconômico", disse o ex-BC ao se referir à união das variáveis metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.
Ainda há tempo, segundo Loyola, para o governo retomar o pilar macroeconômico que foi muito bem sucedido. "Quando a popularidade da presidente cai, é uma mostra de desconforto com a inflação. É basicamente esse desconforto que vai dar suporte ao BC", disse Loyola, acrescentando que por essa queda na popularidade de Dilma Rousseff é que a autonomia do BC está preservada.
"Mas é preciso que as políticas monetária e fiscal andem na mesma direção", reiterou Loyola.