A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar possíveis danos causados aos consumidores das operadoras de telefonia que atuam em Minas Gerais já tem os nomes dos integrantes. Ao todo, foram indicados 14 parlamentares, sendo que metade do grupo será efetivo e os outros sete trabalharão como suplentes. Os deputados foram escolhidos na sessão dessa quarta-feira. Essa será a primeira CPI na Casa após oito anos. A última foi realizada em 2005 e investigou as atividades mineradoras no estado. Apesar da escolha dos nomes, ainda não há data definida para a realização da primeira reunião. A expectativa é de que o encontro ocorra na próxima semana. Na ocasião, serão definidos o presidente, vice e o relator.
Entre os problemas que a CPI da telefonia pretende apurar estão a falta de investimentos e a defasagem tecnológica das empresas do setor, bem como a existência de áreas com cobertura deficiente ou inexistente. De acordo com dados do Procon da Assembleia, a principal queixa dos consumidores em relação às operadores no estado é a cobrança indevida, que responde por mais da metade das reclamações. Em segundo lugar estão falhas relacionadas com a conta. Já na terceira posição estão irregularidades contratuais.
A CPI ainda pretende investigar a queda frequente de ligações telefônicas e a má prestação de serviços na transmissão de dados e, ainda, verificar a forma de cobrança e a resolutividade das centrais de atendimento na solução das reclamações dos consumidores. Um dos desafios da comissão é constatar se as empresas venderam mais linhas do que a rede ofertada por elas consegue suportar. O que poderia estar causando a queda na qualidade das ligações e dos serviços.
Com informações de Juliana Cipriani