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MPF pede a Dilma documentos sobre Rosemary NoronhaÍndios, fazendeiros e MPF defendem indenização para solucionar conflitosMPF-MG pede preservação de antigos centros de torturaDois grupos opostos se enfrentam na disputa por esse quinhão e, para isso, estariam travando no tribunal uma guerra por prestígio e favores a desembargadores e juízes. Um dos principais beneficiários desse suposto esquema e alvo das investigações seria o advogado Marcelo Simão. De acordo com dados preliminares colhidos nas investigações, esse grupo recebia somente com a administração da massa falida R$ 200 mil mensais, afora o ganho com a venda dos bens da empresa em processo de falência.
As gravações, conforme avaliação dos investigadores, revelam que nove desembargadores e dois juízes de 1.ª instância poderiam estar envolvidos no direcionamento das falências para determinados advogados. Um dos nomes constantes do inquérito é o do presidente do tribunal, desembargador Clayton Coutinho de Camargo.
Parentesco
O magistrado é pai de uma juíza da Vara de Falências e do deputado Fábio Camargo, que, como advogado, administrava falências no passado. A suspeita dos investigadores é de que ele seria inimigo do grupo liderado por Simão e trabalharia para direcionar os casos para outros advogados.
Na Assembleia Legislativa do Paraná, Fábio Camargo patrocinou uma CPI para investigar as atividades de Marcelo Simão. A apuração foi barrada por decisão dos integrantes do tribunal, o que levantou suspeitas da PF.
Os dois trocam acusações. Mas em uma das gravações, segundo os investigadores, o pai de Marcelo Simão, Rubens Simão, sugeriria um acordo com Clayton Camargo. O pacto seria selado com a indicação do filho do magistrado para o Tribunal de Contas do Estado.
O teor das conversas entre advogados e magistrados chamou a atenção da PF, da Corregedoria e do Ministério Público. O tom de amizade entre advogados e desembargadores sugere a existência de um conluio. E o receio de magistrados de conversar por telefone, sugerindo encontros reservados, reforçou a suspeita.
No início da semana, a subprocuradora Lindôra e juízes auxiliares da Corregedoria foram ao Paraná aprofundar a investigação. Nos próximos dias, o corregedor de Justiça, Francisco Falcão, pedirá explicações aos magistrados citados.
A investigação estava na Justiça paranaense até os nomes de desembargadores aparecerem. O inquérito é relatado pelo ministro Ari Pargendler e tramita em segredo de justiça.