Brasília – Na próxima semana, a presidenta Dilma Rousseff viaja para o Japão. A ideia é incrementar os intercâmbios científico, cultural, econômico e comercial. A visita de dois dias, de 26 a 28, será marcada por reuniões com autoridades, empresários e intelectuais, além de brasileiros que vivem no país. Para o governo brasileiro, a tecnologia de ponta japonesa é fundamental, assim como para os japoneses interessam as energias renováveis e a construção naval em desenvolvimento no Brasil.
Dilma quer ainda reservar um espaço para se reunir com a comunidade brasileira de descendentes japoneses que vive no país. De acordo com o Ministério da Educação, há cerca de 270 mil brasileiros vivendo no Japão e aproximadamente 2 milhões de descendentes japoneses que moram no Brasil.
Na visita, a presidenta pretende anunciar medidas para aumentar o acesso de estudantes brasileiros às universidades japonesas por intermédio do Programa Brasil sem Fronteiras. A comitiva de Dilma deve reunir não só ministros, mas empresários e especialistas em temas específicos que serão abordados durante os debates.
Dilma chega a Tóquio no dia 26. Ela tem reuniões com o imperador Akihito, de 79 anos, que no país não tem atribuições políticas, mas conquistou a admiração popular por ter uma posição em defesa da paz e da conciliação. Em 2011, quando houve o terremoto seguido por um tsunami e acidentes nucleares, ele visitou as vítimas.
A presidenta também tem encontros com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, cuja prioridade atual é reequilibrar a economia japonesa, atingida pelos impactos causados pelos acidentes naturais, em 2011, as explosões e os vazamentos da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Estará em debate a intensificação dos investimentos mútuos.
Empresários brasileiros e japoneses terão espaço para discussões. Em destaque, as áreas de mineração, energias renováveis, ciência e tecnologia, o trem brasileiro de alta velocidade e o padrão digital desenvolvido pelos japoneses. Também haverá debate sobre o projeto bilateral, desenvolvido pelo Brasil e o Japão em Moçambique para o processo de reflorestamento da savana.