- Foto: Roberto Stuckert Filho/PR A presidente Dilma Roussef defendeu nesta segunda-feira a “urgente e profunda reforma” dos organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Para ela, é fundamental que esses órgãos reflitam “a nova configuração de forças” do mundo. Dilma criticou a estrutura atual do Conselho de Segurança, que é da década de 40 do século 20, e leva à “carência de representatividade e legitimidade” em defesa da paz mundial.
“Esses princípios nos mostram que a governança mundial necessita de urgente e profunda reforma, seja como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial, o Bretton Woods , que se reflita nesses organismos a nova configuração de forças e também nas próprias Nações Unidas, o Conselho de Segurança, hoje muitas vezes carente de representatividade e legitimidade para defender a paz mundial”, disse a presidenta, na formatura dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco.
Dilma lembrou que o mundo vem passando por “grandes e aceleradas transformações”, que são acompanhadas pelo Brasil. “Soubemos acompanhar essas mudanças e responder aos desafios, mas ainda há muito o que fazer”, ressaltou a presidenta, destacando as principais características da política externa brasileira: respeito à soberania dos países e adoção do diálogo e da negociações como métodos.
Ao se dirigir aos novos diplomatas, a presidenta ressaltou o que considera um momento histórico para o Brasil. “Vocês representam o país que se encontrou consigo mesmo, que recuperou sua autoestima e que está pronto a dar uma contribuição decisiva para um mundo de paz, de desenvolvimento, de justiça social, um mundo que tem de se afastar das guerras e escolher o diálogo como meta de política externa”, disse Dilma aos formandos.
A oradora da turma de formandos do Rio Branco, Luana Alves de Melo, ressaltou que a política externa brasileira de respeito à diversidade, aos direitos humanos, à dignidade e à preservação do meio ambiente representa vitórias. “É a diplomacia do respeito da diversidade, da pluralidade, do respeito e da não discriminação”, destacou Luana.