A manifestação que ocupou todo o gramado em frente ao Congresso Nacional terminou por volta das 23h40, quando os cerca de 200 manifestantes que ainda protestavam deixaram a entrada principal do prédio sede do Legislativo federal. Eles se retiraram de forma pacífica, prometendo mais uma mobilização para esta terça-feira.
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Manifestantes ocupam as cúpulas do Senado e da CâmaraManifestantes rejeitam representantes dos partidos políticosMobilização para manifestações que tomaram conta das ruas é feita via internetPor causa de manifestações, segurança do Congresso bloqueia áreas de estacionamentoCâmara dos Deputados evita reforçar policiamento para conter novas manifestaçõesA PM tentava cercar o perímetro em volta do Congresso, chegando a entrar em confronto com alguns grupos que tentavam forçar a passagem. Em um desses confrontos, duas pessoas foram presas. A situação, porém, fugiu do controle dos policiais militares quando manifestantes conseguiram chegar à cúpula da Câmara (marquise do Congresso) por uma estreita passagem ao lado da pista. A polícia, no entanto, se manteve em posição de defesa, enquanto milhares de pessoas ocupavam a cúpula e a rampa da sede do Legislativo federal.
Um dos manifestantes, que não quis se identificar, expressou sua emoção com a mobilização popular. “Vejo toda esta gente lutando e dá muito orgulho de ser brasileiro”, declarou. “Meu sentimento é que o Brasil acordou, saiu da inércia na qual estava”, disse outro. Um dos líderes da passeata, o estudante Wellington Fontenelle, admitiu que a força popular superou as expectativas e fugiu do seu controle. Porém, demonstrou satisfação. “A intenção do movimento era apenas ficar em frente ao Congresso, atrás da barreira da polícia, não era invadir a rampa e a cúpula. Mas hoje eu me sinto um brasileiro, com muito orgulho”.
Gritando palavras de ordem contra a presidenta Dilma Rousseff, o senador José Sarney, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz e o presidente da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano, o grupo se posicionou em frente à porta de entrada do Congresso Nacional, por várias vezes rejeitando atos de violência e vandalismo em seus gritos de guerra. Os manifestantes foram deixando o local à medida que o tempo passava, chegando a poucas centenas no início da madrugada, quando deixaram completamente o local.