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Mobilização para manifestações que tomaram conta das ruas é feita via internetOnda de protestos é comparada às Diretas Já e aos caras-pintadasCarvalho diz que governos precisam estar atentos a novas formas de manifestação popularO mapeamento das redes indica uma curva crescente das publicações sobre o tema desde quinta-feira, dia da manifestação marcada pela violência policial, alcançando ontem um pico de menções. Os termos mais citados foram “Protesto”, “O gigante acordou”, “Vem pra rua” e “Acorda, Brasil”. A plataforma contabilizou mais de 236 mil itens publicados no período.
“A paciência acabou e a gente acordou”, escreveu pelo Twitter o internauta @givejustinfood. “Pastores se posicionem... Despertem suas igrejas!!!”, pediu David Castilho pelo Facebook. Ontem, a alta de publicações ocorreu entre 15h e 16 horas, com 19 mil tens.
A internet teve papel fundamental na organização dos atos. Em São Paulo, por exemplo, o evento no Facebook para a manifestação de ontem teve 276 mil confirmações. O ato foi grande, mas se percebe que muita gente fez questão de demonstrar o apoio virtual. Mas não foi só isso.
Vilões a heróis
Para o pesquisador de comportamento jovem Daniel Gasparetti, as redes tiveram papel mais preponderante na guinada da opinião pública. “Foi nas redes sociais que se viu os manifestantes passarem de vilões a heróis”, diz ele. “Além do contato direto, da informação feita do local, houve um intenso debate sobre os motivos dos atos.”