O secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, emitiu uma nota parabenizando os manifestantes e a polícia pelo protesto "majoritariamente pacífico" dessa segunda-feira. Para ele, as passeatas, que reuniram cerca de 50 mil pessoas em diversas vias de São Paulo, foram "uma demonstração de civismo".
A nota foi enviada no mesmo dia em que um grupo de manifestantes protestava na frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, no Morumbi, na zona sul, contra o aumento das tarifas de ônibus. Na noite dessa segunda, eles gritaram palavras de ordem contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ainda não se pronunciou publicamente sobre as passeatas nesta terça.
Trata-se de uma visível mudança de discurso em relação ao empregado pela gestão Alckmin na semana passada, antes de a PM ser criticada por reprimir violentamente as manifestações e até mesmo por deter pessoas que portavam vinagre para se defender dos efeitos do gás lacrimogêneo. Jornalistas também ficaram feridos após a ação ríspida dos policiais.
Um novo protesto está programado para se iniciar às 17h desta terça na Praça da Sé, na região central de São Paulo. Será a sexta manifestação pública iniciada após o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens, que passaram de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A ação foi desencadeada pelo Movimento Passe Livre (MPL), que defende a redução e, posteriormente, a gratuidade da tarifa dos transportes públicos.