Jornal Estado de Minas

Prefeito de Lavras recebe terceira sentença de cassação do mandato

O juíz da comarca do município determinou a perda do mandato de Marcos Cherem (PSDB) e do vice, Aristides Silva Filho por abuso de poder econômico

Marcelo Ernesto - Enviado especial a Curitiba
O prefeito de Lavras Marcos Cherem (PSD) foi novamente condenado pela Justiça Eleitoral nesta terça-feira. Dessa vez, o juiz Rodrigo Melo Oliveira, da comarca do município localizado no Sul de Minas, considerou procedente a acusação de abuso de poder econômico e cassou o registro de candidatura dele e do vice, Aristides Silva Filho, e ainda determinou a inelegibilidade dos dois por oito anos. Essa é a terceira condenação de Cherem neste ano. Todas as ações foram movidas pelo adversário dele na última campanha, Silas Pereira (PSDB). A decisão é de primeira instância e cabe recurso.
De acordo com a denúncia, a coligação de Marcos Cherem teria contratado aproximadamente 640 pessoas para prestar serviços durante a campanha, o que teria implicado em desvantagem para o concorrente. No entendimento do juiz da comarca, o número de cabos eleitorais causa uma situação “delicada”, já que além de prestar serviços durante a campanha, o empregado também é eleitor. “O número de contratações (648 pessoas) foi sim significativo nas eleições municipais lavrenses de 2012, fugindo da normalidade, da razoabilidade e da proporcionalidade, de modo que tal abuso de poder econômico foi grave e trouxe concreto desequilíbrio ao pleito”, argumentou o juiz.

Existem outras três ações na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do mandato de prefeito de Lavras. Uma das ações aguarda sentença em primeira instância, na qual é acusado de compra de votos. Outras duas tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relativas a abuso do poder econômico, por veiculação de matérias publicitárias em jornais de Lavras, pagas pela Construtora Cherem, e uso de outdoors durante o período eleitoral – conduta vetada pela legsilação eleitoral. No Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tramita uma outra ação que acusa o prefeito de uso indevido da mídia local para ofender o adversário, no caso Silas Pereira, com “matérias caluniosas”.

Com informações de Iracema Amaral