Planalto ainda não tem ideia do prejuízo real na imagem do governo
Redução dos índices de popularidade é significativa e reflete um descontentamento da população
O tamanho do prejuízo, entretanto, ainda não pode ser calculado. A pesquisa CNI-Ibope foi feita entre 8 e 11 de junho, antes, portanto, da explosão de protestos no Brasil, ocorridos após o dia 13, quando a polícia reagiu de forma violenta ao ato promovido em São Paulo contra o aumento na tarifa do transporte público. O sistema de ônibus e trens urbanos, aliás, não é o único ponto crítico da gestão Dilma. Mais da metade dos entrevistados reprovaram as políticas de segurança pública, de saúde, de educação, os impostos e a taxa de juros. “Saúde, educação e segurança pública são as três áreas mais desaprovadas. O que a gente vê nos protestos são questões, também, sobre esses temas. Eles geram insatisfação, mas, até o momento, não vinham afetando a popularidade da presidente. Talvez até porque são divididos entre os governos federal, estadual e municipal”, afirmou Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa da CNI.