Brasília – As vias de acesso ao Congresso Nacional onde, diariamente, os funcionários estacionam os carros, amanheceram impedidas por cones. O objetivo é evitar que os veículos fiquem parados no local, ao longo do dia em que a Esplanada dos Ministérios volta a receber manifestantes. Nesta quinta-feira, está previsto o terceiro grande protesto no centro da capital.
Assessores da presidência do Senado disseram que não há qualquer comunicado oficial que oriente uma rotina diferente da normal. De acordo com a segurança da Casa, o Congresso manterá o funcionalmente normal e a polícia pode apenas precisar cerrar as portas caso os manifestantes tentem novamente invadir o prédio, como ocorreu na última segunda-feira (17).
O protesto em frente ao Congresso Nacional está previsto para a tarde de hoje. Os manifestantes pedem a redução do preço das passagens de ônibus, criticam os custos da Copa do Mundo e pedem a rejeição da proposta de emenda à Constituição que limita o poder de investigação do Ministério Público, a PEC 37.
Ao longo da semana, alguns parlamentares defenderam o adiamento da votação da PEC 37 para o segundo semestre. Deputados e senadores manifestaram apoio às manifestações, mas criticaram os atos de violência praticados por alguns grupos de manifestantes. Senadores como Paulo Paim (PT-RS), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e Eduardo Suplicy (PT-SP) reconheceram que o Poder Público precisa ouvir com mais atenção as reivindicações da população.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que os protestos são legítimos e avaliou que a mensagem mais importante que as manifestações deixam para as autoridades é a da humildade.