O presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) em Belo Horizonte, Roberto Carvalho, reafirmou nesta quinta-feira a orientação para que os militantes da legenda se juntem aos manifestantes na capital. Ele defendeu o livre direito de expressão e afirmou que o partido sempre se posicionou em “apoio às legitimas manifestações da juventude e de diversas categorias em greve" no estado”. Em nota, Carvalho repudiou o que considerou “forma de manipular o movimento para interesses outros que não sejam os que pautam suas ações: redução do preço das passagens do transporte coletivo e melhoria na qualidade da prestação de serviços, contra a repressão policial e por melhor qualidade na educação e atendimento à saúde”. Nessa quarta-feira, o diretório nacional da sigla recomendou que os manifestantes saiam às ruas e participem dos movimentos que ocorrem pelo país. O presidente do PT de BH convocou os militantes a se juntarem aos manifestantes aderindo a pauta de reivindicações que já toma os protestos, sem nenhuma recomendação específica de apoio atitudes em apoio a presidente Dilma Rousseff. “Convocamos nossos filiados a participarem das manifestações como forma de representação suprapartidária juntamente com as mais diversas entidades se articulam no meio do movimento”, salientou.

Pelo país

Nessa quarta-feira, depois do anúncio de que a Prefeitura de São Paulo aceitou baixar a tarifas de ônibus na cidade, o partido determinou que seus militantes participem dos protestos que tomaram conta de várias cidades no país. A orientação mais polêmica da direção nacional do partido é que os militantes possam participar abertamente dos protestos, inclusive, com camisas e bandeiras.

Os movimentos que estão organizando os protestos querem, justamente, afastar este tipo de demonstração pública de afeto aos partidos políticos. Porém, alguns dirigentes afirmam que esta ideia é fazer um contraponto para fazer frente a partidos de oposição que já trabalham para se associar aos protestos. O PT também argumentou juntos aos filiados que a legenda “nasceu dos movimentos sociais” como instrumento da “luta por uma sociedade igualitária”.

Com informações de Tércio Amaral