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Senador petista faz apelo a Renan para suspender tramitação da PEC 37CPI da Copa, PEC 37 e serviços públicos são bandeiras de manifestações em BrasíliaCâmara adia votação da PEC que limita poder de investigação do Ministério PúblicoPressionada, Câmara deve derrubar PEC 37 PEC 37 vira um dos principais alvos das manifestações de rua pelo país"Eles estão brigando por uma coisa que não fazem. Quem investiga é o agente, o escrivão, o papiloscopista. Os delegados só pegam o relatório, copiam e colam, e encaminham ao Ministério Público" disse Leal. "Se nós hoje tirarmos esse cargo, nada mudaria na segurança pública. Os policiais investigariam da mesma forma e encaminhariam ao MP, talvez com mais rapidez e agilidade", afirmou.
Leal relatou que uma enquete com os cerca de 15 mil sindicalizados revelou que 99% dos agentes policiais reprova a emenda constitucional. Para os representantes dos agentes policiais, os delegados federais apoiam a emenda constitucional num "pleito corporativista". "A PEC não agrega vantagem à investigação. Eles (os delegados) querem mais poder e equiparação salarial pela Constituição Federal", disse Werneck.
O presidente do Sindipol acrescentou que o afastamento dos procuradores das investigações agravaria os índices de efetividade do trabalho. "Temos índices pífios de responsabilização criminal no Brasil, apenas 9%", disse Werneck, citando dados do Ministério da Justiça. "Isso significa que, se eu cometer um crime, tenho 91% de chance de não pagar por isso", concluiu. Segundo eles, nos Estados Unidos e na Colômbia esse índice é de 60% e, na Inglaterra, 90%.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho afirmou que este é o momento adequado para o Congresso mostrar que está em sintonia com a sociedade e rejeitar a emenda. "O povo já fez o funeral da PEC 37, agora a gente quer da Câmara a certidão de óbito", disse Camanho.