O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous foi escolhido na noite desta seygunda-feira o coordenador do Comitê da Reforma Política instalado na seccional da entidade no Rio de Janeiro. O comitê terá a participação de cientistas políticos, advogados, professores e representantes de entidades ligadas à sociedade civil.
Ele comparou os excessos cometidos pela polícia com a forte repressão ocorrida no regime militar. “A violência de nossa polícia é um legado de nossa ditadura. A polícia ainda não aprendeu a conviver com a democracia. É preciso uma desmilitarização de nossa polícia", defendeu.
Para o presidente da OAB Seccional Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, os protestos das ruas que vêm mobilizando centenas de milhares de pessoas refletem a crise representativa das instituições democráticas e apontam para a necessidade de uma reforma política.
"É inegável a necessidade de uma reforma política que rejuvenesça os partidos e resgate a agenda do Parlamento para com a sociedade. A crise representativa é mundial, e se manifesta mais fortemente entre os jovens. Os políticos no Brasil precisam entender que estão perdendo os canais democráticos de representação política. A população não compreende a atuação dos poderes estabelecidos, as disputas entre o Legislativo, Executivo e Judiciário", disse.