Brasília – Pelo segundo dia consecutivo, a presidenta Dilma Rousseff tem uma série de reuniões nesta terça-feira com o objetivo de discutir soluções para encerrar a onda de manifestações no país. Dilma marcou conversas ao longo do dia com os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Em debate, a proposta de convocação de um plebiscito para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política.
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Dilma responde à 'voz das ruas' propondo cinco pactosOAB dá largada para assinaturas em prol da reforma políticaPaís depende do Congresso para levar adiante as propostas da presidente DilmaCom apoio de Dilma, senadores acreditam que reforma política será possívelRenan e Alves discutem proposta sobre a ConstituinteLíderes da base criticam proposta de ConstituinteDilma conversa primeiro com presidente da OAB sobre plebiscitoPara Calheiros, consultas à sociedade devem ser frequentesCentrais vão levar pauta trabalhista para a presidenteParlamentares e ministros do STF questionam proposta de plebiscitoEm Cristalina (GO), moradores da comunidade Marajó prometem fechar os principais trechos da BR-251, uma das vias de acesso ao Distrito Federal (DF). Os moradores protestam por melhores condições de saúde, educação e segurança. Eles também pedem a emancipação da região.
No Rio de Janeiro, um grupo de manifestantes mantém o acampamento perto da residência oficial do governador do estado, Sérgio Cabral. Segundo ele, só deixarão o local depois de recebidos por Cabral. O grupo reivindica maior transparência nas contas públicas. Em São Paulo há três atos de protesto na capital – na zona sul, no Largo do Campo Limpo e no metrô Capão Redondo, assim como na zona leste.
Nessa segunda-feira, durante a reunião com 27 governadores e 26 prefeitos, Dilma detalhou sua proposta para a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política. "O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado", disse a presidenta.
"Junto com a população, podemos resolver grandes problemas. Não há por que ficarmos inertes, acomodados ou divididos", acrescentou ela, informando que "o país deixou de ser governado para um terço da população". O governo vai disponibilizar mais R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana e a criação de um Conselho Nacional de Transporte Público, com a participação da sociedade e que deverá ter versões municipais.