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Passe livre de mãos vazias após encontro com a presidentePasse Livre pedirá tarifa zero em encontro com DilmaProposta da tarifa zero no transporte público será votada hoje em comissão da CâmaraAté agora, os protestos em São Paulo têm sido maiores nas regiões centrais e, após a vitória do MPL em conseguir a redução de R$ 0,20 na tarifa de ônibus, as reivindicações passaram para temas como o combate à corrupção.
Segundo o integrante da secretaria nacional do MTST José Afonso da Silva, os atos na periferia são uma tentativa de conscientizar a massa trabalhadora para os temas defendidos pelas organizações que atuam nas regiões carentes. “Nossa avaliação é que, até agora, a pauta que foi colocada está muito distante dos interesses da periferia.”
Silva afirma que a pauta foi pensada por diversos movimentos, para criar uma agenda integrada. “O entendimento é que é necessário que os movimentos sociais se organizem coletivamente, assim como os sindicatos, para trabalhar suas demandas. Uma vez que a gente consiga impor um trabalho concreto e organizado na periferia e uma ação direta dos trabalhadores, a gente consegue neutralizar a ação dos setores extremistas e antidemocráticos de direita nas manifestações.”
O estudante Caio Martins, do MPL, defende a participação do grupo no ato na periferia porque o movimento já fez diversas ações nas regiões carentes e porque lá os problemas de transporte são mais fortes. “Sempre fomos em todos os atos do MTST. A gente está junto em protestos desde 2011”, afirmou.
“O que tem de interessante nessas manifestações na periferia é você mobilizar outros seguimentos que não estavam nos atos do centro”, disse a cientista política Maria do Socorro Braga, da USP. “Essas passeatas, até aqui, foram muito da classe média e chegar nesses seguimentos aumenta a participação da população.”