Brasília - Um dia após a presidente Dilma Rousseff propor um plebiscito sobre reforma política, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira que processos dessa natureza sejam feitos com mais frequência no País. "Cresce, como é natural crescer, o desejo de participar. Por isso, temos de tornar mais assíduas as consultas à sociedade brasileira. Falo com a tranquilidade de quem propôs primeiramente o referendo sobre a proibição da venda de armas e munições", declarou o peemedebista durante evento sobre a Lei de Licitações no Tribunal de Contas da União (TCU), na presença de vários ministros do Governo Dilma.
Renan disse que o referendo do desarmamento foi a única experiência de ampliação da "consulta direta" à população desde a Constituição de 1988. Segundo ele, agora há instrumentos tecnológicos que facilitam e agilizam essas consultas. "Temos agendas e temas que dividem o País e o próprio Congresso. Nada mais natural e democrático a sociedade opinar diretamente sobre seu destino". O presidente do Senado acrescentou que, como demonstraram os protestos das últimas semanas, a sociedade quer ser "ouvida com mais frequência e atendida com mais preferência".
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, participou do evento no TCU, mas não quis falar sobre a proposta do plebiscito sugerida pela presidente Dilma Rousseff.