Jornal Estado de Minas

Renan e Alves discutem proposta sobre a Constituinte

Agência Brasil
Brasília – Terminou há poucos instantes reunião dos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e do Senado Federal, Renan Calheiros, para avaliar as propostas apresentadas ontem pela presidenta Dilma Rousseff em resposta às manifestações que tomam as ruas do país desde a última semana. Nos bastidores do Congresso, a ideia de um plebiscito e da formação de uma Constituinte exclusiva não agradou a alguns parlamentares da oposição e da base aliada.
Ao chegar ao Congresso, o presidente da Câmara Henrique Alves, havia evitado comentar as declarações do Palácio do Planalto. Alves limitou-se a dizer “não acho nada”, ao falar sobre a proposta da Constituinte.

O presidente do Senado está reunido agora com líderes da oposição, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), José Agripino (DEM-RN), Mário Couto (PSDB-PA), Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

A expectativa é que Renan Calheiros – quem tem reunião marcada com a presidenta Dilma Rousseff, às 17h30, - ainda se encontre com os líderes da base governista, senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Wellington Dias (PT-PI), Gim Argello (PTB-DF), Eunicio Oliveira (PMDB-CE) e Acir Gugacz (PDT-RO) e, em seguida, com o ministro da Educação, Aloizio Mercandante, com a Mesa Diretora do Senado Federal e com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius.

Nos corredores do Congresso, o líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que o Legislativo deve aguardar proposta sobre o plebiscito, mas defendeu que, se for aberta uma Constituinte, o espaço deverá ser usado tanto para discutir reforma política quanto reforma tributária. Cunha disse que a discussão política inclui uma série de debates que vão desde o modelo político adotado no país, reeleições, tempo de mandato até as formas de governo, como o presidencialismo e parlamentarismo.

“Não sei se é o que as ruas estão pedindo