Jornal Estado de Minas

Durante encontro com Dilma, oposição não quer falar apenas sobre reforma política

Agência Brasil
Brasília - Os partidos de oposição definiram nesta quinta-feira que em um provável encontro com a presidenta Dilma Rousseff não vão limitar o debate à reforma política. Até o momento, porém, os líderes oposicionistas não receberam convite formal da presidenta.
Nesta quinta-feira, a presidenta Dilma Rousseff se reúne com presidente e líderes de partidos da base aliada para tratar das manifestações que ocorrem em todo o país.

Para os líderes dos partidos oposicionistas, o tema da reforma política não é a prioridades dos movimentos populares. Segundo eles, a ideia de realização um plebiscito está sendo usado como “cortina de fumaça” para desviar o foco do que precisa ser mudado.

“Havendo o convite, ele será aceito, evidentemente, mas vamos discutir com nossos partidos qual é a mensagem que vamos levar porque a nossa proposta é diferente da dela ”, disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). “Não está na pauta, efetivamente, como tópico, a reforma política. Temos outros assuntos para tratar como a melhoria da saúde, da educação, do transporte e o combate à corrupção”, acrescentou o tucano.

Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), se o governo realmente tivesse como prioridade a reforma política, ele poderia reunir a sua base no Congresso para aprovar mudanças.

“O Congresso está funcionando, temos uma normalidade democrática e, dentro dela, o Senado e a Câmara podem decidir a qualquer momento. O plebiscito é apenas um discurso para desviar a atenção para os graves problemas do país: questões econômicas, como inflação, desemprego subindo e a corrupção que o governo não toca em nenhum momento”, disse Bueno.

De acordo com o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), se realmente houver o convite da presidenta para o diálogo com as oposições, os partidos definirão uma pauta conjunta para, em seguida, propor uma data para o encontro.

“Vamos elaborar a nossa pauta e iremos ao encontro da presidente na data que for definida pelos nossos presidentes dos partidos. Teremos uma pauta conjunta das oposições articuladas, uma pauta que o governo não quer assumir”, pontuou Caiado.