O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na tarde desta quinta-feira, 27, que a “interpretação amplamente majoritária” dos presidentes dos partidos da base aliada, que se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, é de que o plebiscito é o instrumento para a participação popular no debate sobre uma reforma política.
Segundo Mercadante, o financiamento das campanhas eleitorais e o sistema de votação foram as duas diretrizes essenciais discutidas na reunião. Ele disse que a presidente continuará a ouvir as lideranças do Congresso para aprofundar a reflexão. “Essa proposta vem no sentido de fortalecer as instituições democráticas”, disse.
O ministro disse que, a partir do plebiscito, o Congresso terá de trabalhar nas diretrizes a fim de implantar a reforma política. “Todos aqueles que têm interesse neste debate, terão espaço concreto de atuação”, afirmou, ao destacar que não são todos os cidadãos que vão se interessar pela consulta popular.
Mercadante reafirmou que Dilma disse no encontro que é importante ouvir o “sentimento das ruas” e lembrou que o pacto anunciado pela presidente na segunda-feira já começa a ter “resultados importantes”. Ele exemplificou essa mudança mencionando a redução das passagens de transporte coletivo e os pedágios, a derrubada pela Câmara dos Deputados da PEC 37, que restringiria o poder de investigação do Ministério Público, e a decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a prisão do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado por formação de quadrilha e peculato.
Oposição
Mercadante afirmou ainda que não acredita que haverá dificuldades de diálogo com a oposição sobre o tema. O encontro, segundo ele, será em breve. Os partidos oposicionistas têm defendido o referendo, ao invés do plebiscito, como a melhor forma de consulta popular para debater o