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Plebiscito
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), afirmou nesta sexta-feira, que o plebiscito em estudo pelo governo federal e pela presidente Dilma Rousseff, como resposta às demandas da onda de manifestações que tomou as ruas do País, é uma incógnita. "É um óvni (objeto voador não identificado). Ninguém sabe o que pode dar isso. Não vai solucionar a vida das pessoas. Pode moralizar a política? Até pode, mas pode piorar também", afirmou ele, antes de participar de uma reunião plenária na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo.
Segundo o deputado, a ideia de propor o financiamento público de campanha também não é uma solução. "Se o povo decidir pelo financiamento público, oficialmente o povo vai pagar a campanha de todos os corruptos e não corruptos." Apesar de se dizer a favor de "alguma reforma política", o deputado se mostrou contrário à eleição por lista. "Eu sou presidente do partido em São Paulo, então é lógico que eu vou ser o primeiro da lista. Como será a lista dos outros partidos?"
Alckmin e Haddad
Diferente da avaliação mais crítica à postura da presidente, Paulinho afirmou que a resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi "importante". "Primeiro teve a reação policial de maneira mais violenta, que nós criticamos, mas, depois, em um segundo momento, houve a democratização da polícia." Para ele, a decisão de Alckmin de anunciar corte de gastos mostra que o governador administra as contas públicas com responsabilidade. "Eu estive com ele (Alckmin) ontem. A redução da passagem significa um alto custo e o governo vai resolver isso cortando gastos, diferentemente da Dilma, que até agora não falou em corte de gastos."
Já o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi alvo de críticas. Segundo o deputado, Haddad "ficou omisso" em um momento importante. "Ele ficou muito lá em Paris", alfinetou o sindicalista, referindo-se à viagem que o prefeito fez para a França, junto com o governador, para defender a candidatura da capital paulista para receber a Expo 2020.
Passe Livre
O deputado comentou ainda o projeto de transporte gratuito para estudantes que deve ser votado no Senado. "Acho bom. Muitas vezes, as pessoas que estudam não têm dinheiro para ir à escola." Segundo Paulinho, a concessão de passe livre para estudantes não impacta no direito do trabalhador. "O trabalhador com carteira assinada paga os 6% do salário, independentemente se a passagem sobe ou não. O restante é pago pela empresa."