Jornal Estado de Minas

Movimento antipacifista atua em protestos em BH

Daniel Camargos Alessandra Mello

 

“A rebelião se justifica.” É inspirado nesse lema maoista que um movimento estudantil de extrema esquerda que prega o antipacifismo tem atuado nos protestos em Belo Horizonte. Criado em 2001, o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) tem presença marcante em todos os protestos na capital mineira e em outros estados.

O grupo, que também atua ao lado de uma entidade de secundaristas, a União Colegial de Minas Gerais, se intitula “a tropa de choque da revolução”. “O caminho legalista, parlamentar e pacifista é um caminho falido. Foi na rua que o povo e a juventude conquistaram todos os seus direitos e será na rua que vão defendê-los”, prega o movimento em panfletos distribuídos durante os protestos pela redução do preço das passagens de ônibus. Na página que o movimento mantém na internet foi publicado na sexta-feira um texto de apoio aos protestos na capital mineira intitulado “Os 10 dias que abalaram Belo Horizonte”. Sem assinatura, ele defende o ataque aos “órgãos públicos e polícia, bancos e lojas multinacionais, tidos como inimigos do povo, por terem lucros máximos”.

A organização criticou ainda o acordo feito, segundo ela, pela “esquerda vendida e eleitoreira” de que a marcha do protesto não iria tentar avançar no perímetro de segurança previsto na Lei da Copa e no acordo firmado pelo governo federal e a Fifa.

Em 2003, integrantes do MEPR foram destaque em jornais do Brasil e do mundo inteiro ao atacar o Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, em protesto contra a invasão estadunidense ao Iraque. Na manifestação, seis pessoas foram presas depois de um ataque de bombas caseiras e pedras ao prédio do consulado e a seis agências bancárias e a uma loja do McDonald’s.

Os líderes nacionais do MEPR não quiseram dar entrevista e recomendaram que a reportagem procurasse o movimento em Minas Gerais, mas a organização também não respondeu ao pedido de contato. (AM)

Politiquês/português

Anarquismo


É a doutrina política que prega a abolição do Estado como ponto de partida para a construção de uma sociedade alternativa, em que as relações entre os indivíduos sejam livres, igualitárias e desprovidas de qualquer coerção. Por isso, os partidários do anarquismo são também chamados de libertários e rejeitam qualquer tipo de autoridade.