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Sem espaço nas manifestações, políticos e partidos passam seu recado pela internetVelocidade tem sido a marca da organização das manifestações na internetMobilização para manifestações que tomaram conta das ruas é feita via internetHummes afirmou que é preciso “aprender a lidar” com esses eventos. “Nem os sindicatos nem o governo estão sabendo lidar com isso”, pontuou, citando a pesquisa do Datafolha - que mostrou queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), de 57% para 30% - como prova de que as autoridades não estão sabendo responder corretamente os clamores dos manifestantes. “Isso é eficaz. A sociedade conseguiu se expressar e está obtendo muitas vitórias. É muito bom”, disse.
Ele condenou, entretanto, a violência e o vandalismo nas manifestações. “É um custo social. Sempre tem quem aproveite a oportunidade. E a polícia, a segurança pública têm de aprender a lidar com isso também. Enfim, é uma escola: com o tempo, todos vão aprendendo a lidar com esse fenômeno novo, que veio para ficar e para somar com a democracia”, afirmou.
“O Estado não pode pretender que a sociedade esteja a serviço dele. O Estado é que está a serviço de um povo.” O cardeal também disse que a “revolução” contida nos Evangelhos “não contradiz esse tipo de fenômeno”. “A mensagem de Cristo tem tudo a ver com essa reivindicação do povo. Por isso temos de estar presentes. Na rua a gente evangeliza de fato.”