A exemplo do prefeito Fernando Haddad (PT-SP), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nessa segunda-feira que irá esta semana a Brasília pleitear recursos para o sistema de transporte público do Estado, especialmente o Metrô.
O governador viaja sob pressão de uma queda de 14 pontos na popularidade, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no domingo. Os número0s revelam que caiu de 52% para 38% a sua avaliação de ótimo ou bom. A explicação de Alckmin é a “insatisfação” da população com os governantes.
Humildade
“É uma insatisfação com a representação política. Cabe a todos nós ter a humildade de ouvir e compreender essa manifestação e de agir. Não é fazer discurso, é trabalhar, é governar, é cortar gastos, é aumentar investimento, é melhorar a eficiência do gasto público”, disse Alckmin.
Os entrevistados que veem sua gestão como ruim ou péssima subiram de 15% para 20%. Sua nota média caiu de 6,3 para 5,7. As comparações são sobre dois períodos: 6 e 7 de junho, ocasião do primeiro protesto contra tarifa de ônibus na cidade de São Paulo e 27 e 28 de junho, quando as manifestações já se haviam espalhado pelas ruas de todo o País.
O tucano afirmou ainda, em visita a uma obra do metrô, que no encontro da semana passada com Dilma foi informado de que há R$ 50 bilhões disponíveis para mobilidade urbana. Outras obras de transportes para as quais Alckmin planeja obter dinheiro federal são o corredor noroeste de Campinas, de ônibus de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), e a reforma de 30 estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).