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Ideli Salvatti disse que o presidente do Senado Renan Calheiros garantiu a votação do projeto ainda hoje. Se for alterado, o texto terá que voltar para a apreciação dos deputados federais. Mas a ministra acredita que a nova tramitação terá outras características. “A Câmara não teve oportunidade de fazer um debate mais detalhado porque precisava votar royalties da educação, que tinha regime de urgência, para votar depois o Fundo de Participação dos Estados (FPE)”, avaliou.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que também participou das conversas, saiu menos otimista. Segundo ele, ainda que o governo mantenha a defesa pela destinação de 100% dos recursos para a educação, o Senado deve manter a posição da Câmara. Mercadante lembrou que o governo Dilma considera o Fundo Social como uma poupança de médio e longo prazos para as futuras gerações, que podem não usufruir diretamente da exploração do petróleo no país. Ele também advertiu que o excesso de dólares vindos do petróleo podem afetar a economia brasileira.
“Todos os países produtores de petróleo que pegaram os recursos do petróleo e jogaram na economia viveram a chamada 'doença holandesa'. Ou seja, a moeda do país fica muito valorizada e isso prejudica a indústria, a agricultura e todos os outros setores da economia”, ponderou, citando como exemplos Venezuela, Iraque, Irã e Arábia Saudita. “A gente verifica que esse não é o caminho que queremos para o Brasil. O Brasil já é a sexta economia do mundo. Não queremos gastar esses recursos imediatamente e queremos que seja preservados a médio e longo prazos”, completou.