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Governo não marcará posição sobre temas do plebiscito, diz CardozoPMDB da Câmara fecha questão contra plebiscitoTSE define prazo mínimo de 70 dias para realização do plebiscitoPSB sugere plebiscito junto com eleições de 2014Dentro da sala de uma das Comissões da Casa, parlamentares do partido se revezaram nos microfones com ataques ao governo federal e análises "ácidas" sobre a condução política da presidente Dilma. Alguns chegaram até a propor uma reavaliação da aliança com o PT nas eleições de 2014, o que rendeu aplausos dos mais exaltados. Além das palmas, não faltaram discursos em tom de chacota. "Estamos discutindo a troca da roupa do morto?", ponderou um. "Vamos evitar o abraço dos afogados", disparou outro.
Redução de ministérios
Do lado de fora, o deputado Newton Cardoso (MG) verbalizou o descontentamento de alguns. "A aliança está em xeque sim", afirmou. No encontro também ficou decidido que os peemedebistas passarão a adotar um discurso pela redução do número de ministérios.
Ao ser questionado se o partido estaria disposto a oferecer seus ministros para o sacrifício dos cortes, o vice-líder do PMDB, Danilo Forte (CE), disse: "Se quiserem levar os cinco do PMDB, podem levar porque eles não valem um". Por traz do discurso de cortes na Esplanada está a tentativa dos parlamentares de devolver a "batata quente" ao Palácio do Planalto, mudando o foco sobre o debate do plebiscito para o tamanho da máquina governamental e seus 39 ministérios.
Segundo peemedebistas ouvidos, há também um sentimento de que Dilma "ultrapassou os limites" ao propor no plebiscito temas que são da alçada apenas do Congresso, como o fim da suplência para Senadores e o fim do voto secreto.