Jornal Estado de Minas

Gilberto Carvalho tenta evitar atrito entre governo e ala do PMDB

Ao costurar a reaproximação de Dilma com os movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho vê como "naturais" as divergências com facções rebeldes do principal aliado

Correio Braziliense
Carvalho: plebiscito sem reflexo em 2014 será "mais do que uma decepção" - Foto: Iano Andrade/CB/D.A Press
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou a divergência entre o governo e seu maior aliado no Congresso, o PMDB, que, recentemente, sugeriu a redução do número de ministérios como medida de austeridade. “O PMDB é o principal parceiro do governo, faz parte de sua própria essência. É natural dos partidos haver divergências, não se faz alianças apenas entre iguais”, disse Carvalho, nessa quarta-feira.
Na noite da terça-feira (2/7), a executiva do partido divulgou uma nota propondo a diminuição no número de pastas ministeriais — uma bandeira antiga dos partidos da oposição — como reação ao movimento da presidente Dilma Rousseff de abrir o debate sobre a realização de um plebiscito da reforma política. Por influência do vice-presidente da República, Michel Temer, a posição do partido atenuou a versão da bancada de deputados do PMDB, frontalmente oposta à realização de uma consulta popular que resulte em mudanças já para as eleições de 2014.