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Estado de Minas

Dilma defende plebiscito e afirma que 'ouviu a voz das ruas'

A presidente foi a Salvador para lançar o Plano Safra. Durante o discurso ela disse que propôs a consulta para saber como as pessoas acham que devemos votar


postado em 04/07/2013 15:12 / atualizado em 04/07/2013 16:00

Dilma lançou o Plano Safra e entregou máquinas e ônibus escolares para prefeitos em Salvador, em Bahia(foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dilma lançou o Plano Safra e entregou máquinas e ônibus escolares para prefeitos em Salvador, em Bahia (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira, durante cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiárido que ouviu a voz das ruas e que não vai descansar enquanto não atender "tudo o que for possível e até o que for impossível" de ser executado. “Eu desejo que juntos sejamos capazes da altura do desafio que temos pela frente.Pois, juntos, temos a oportunidade de mudar e de forma acelerada o país”, disse. Se mostrando bastante à vontade, Dilma afirmou que os protestos que tomaram conta do país nas últimas semanas são por mais direitos e que as manifestações se diferenciam das que ocorrem em outros países. “Aqui as ruas falaram por mais direitos, e aqui eu quero dizer para vocês que essa presidenta  ouviu claramente a voz das ruas. Porque essa voz é legitima, e porque nós temos uma democracia e faz parte da democracia a luta por mais direitos”, afirmou.

Aplaudida, Dilma chegou a ser interrompida pela platéia algumas vezes e brincou: “deixa eu acabar, senão o povo aqui morre de fome. E ta faltando pouco para eu acabar”. Isso porque a platéia formada, principalmente, por prefeitos já acompanhava a cerimônia desde o final da manhã. Além do lançamento do Plano Safra, foram entregues máquinas e ônibus escolares para os municípios baianos, além da emissão de um milhão de documentos para trabalhadores rurais.

Durante sua fala, a presidente voltou a defender a realização do plebiscito sobre a reforma política e para, segundo ela, “ouvir como as pessoas acham que devemos votar”. "Como o Executivo federal não pode fazer essa consulta, porque pela Constituição quem faz essa consulta é o parlamento, o Senado e a Câmara. Por isso, nós fizemos a sugestão para que o Congresso fizesse essa consulta”, explicou. A presidente afirmou que confia nas escolhas e na “inteligência, esperteza e sagacidade” do povo brasileiro.

Ainda durante seu discurso, Dilma defendeu a destinação dos royalties do petróleo para a educação. Ela afirmou que além de investir na infraestrutura, como construir mais escolas e universidades, e necessário valorizar os professores. “Nós temos que pagar bem o professor, nós temos que transformar a profissão para ser uma coisa que todos vão querer. Por isso, tem que gastar dinheiro com educação, não é milagre”, afirmou. A presidente também afirmou que novas políticas para a área de mobilidade e saúde terão prioridade.

Dilma argumentou que, apesar de ser presidente de todos os brasileiros, tem de se preocupar com os que sofrem mais e justificou assim o Plano Safra Semiárido, lançado nesta tarde na capital baiana. "Não é necessária a indústria da seca, nem o sofrimento ou aquela situação de quase miséria que por muitos anos essa população passou. Não são necessárias e aceitáveis migalhas de políticos.

Dilma deveria ter ido à Bahia no mês passado para apresentar o plano, mas a viagem foi adiada pela eclosão dos protestos. Para o evento, um forte esquema de segurança foi montado em Salvador, impedindo que manifestantes se aproximem do centro de convenções onde autoridades estão reunidas.


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