O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), declarou nessa quinta-feira, em Brasília, que o “plebiscito nasceu morto e o governo sabia disso”. “Era uma forma de desviar a atenção da população das questões centrais”, afirmou o tucano, que provavelmente será um dos adversários da presidente Dilma Rousseff na disputa eleitoral de 2014. “O governo, quando criou a Constituinte exclusiva, que durou 24 horas, sabia que ela era inviável. Quando apresentou uma proposta de plebiscito sobre temas tão complexos em um prazo tão curto, sabia que era inviável. É um engodo”, acrescentou.
O tucano voltou a defender a realização de um referendo em vez do plebiscito sugerido pelo Executivo federal, afirmando que a prerrogativa de propor a consulta é do Legislativo: “Nós, congressistas, temos que votar o tema da reforma política. E nós, da oposição, defendemos que, votada a reforma política, possamos submetê-la a um referendo com as eleições do ano que vem”.
Aécio disse ainda que o PSDB apresentará um conjunto de ideias em reunião da executiva na terça-feira. “Vamos conversar com outras forças partidárias já na próxima semana e estamos dispostos a construir uma agenda no Parlamento para uma reforma política.”