Os investigadores da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos do Distrito Federal (DRF) acreditam que os criminosos responsáveis por roubar R$ 100 mil do secretário parlamentar do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tinham informações privilegiadas sobre a o dinheiro. Os policiais sabem que a quantia em espécie foi sacada em 10 de junho, três dias antes de dois homens interceptarem, na L4 Norte, o Ômega Suprema de Wellington Ferreira da Costa, 53 anos.
O caso foi revelado na edição de ontem do Correio. Além da origem da quantia, o modo de atuação dos assaltantes também é alvo da apuração. Isso porque, normalmente, os assaltos conhecidos como saidinhas de banco ocorrem no mesmo dia do saque. Nesse caso, porém, a polícia acredita que os criminosos sabiam sobre a rotina de Wellington, assim como os valores transportados.
Wellington deveria ter prestado novo depoimento à DRF ontem, mas não compareceu à unidade policial. O assessor parlamentar trabalha no Anexo 4 da Câmara dos Deputados e é considerado homem de confiança de Henrique Alves há mais de 20 anos. Wellington será reinquerido para falar sobre as características dos criminosos, uma vez que as informações passadas inicialmente por ele não permitiram a realização de um retrato falado pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil.
No momento do assalto, Wellington dirigia na L4 Norte, em direção à Asa Sul, e passava em frente ao Minas Brasília Tênis Clube. Ele estava acompanhado da mulher, Wânia Lyra dos Santos da Costa, 45 anos, e da filha Stephany Lyra, 25. Dois assaltantes em um Fiat Strada de cor branca jogaram o carro na frente do Ômega JEB 2812-DF da vítima. O carro acabou colidindo com a traseira do veículo dos ladrões. Os homens desceram, armados com duas pistolas, e se apresentaram como policiais civis. A dupla teria mostrado, inclusive, distintivos.