Brasília – A decisão sobre uma possível greve de médicos no país será tomada na próxima quinta-feira, data de manifestações organizadas pelas principais centrais sindicais. “Nessa reunião, pode aparecer o indicativo de greve. Há um sentimento geral de que a pauta do governo se choca com as ideias da categoria sobre a saúde pública”, disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira. Os médicos prometem também brigar pela derrubada da medida provisória que reunirá todas ações do pacto e será enviada para votação no Congresso.
Na contramão das entidades médicas, a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, elogiou o pacote de medidas, mas fez ressalvas. “O pacto tem um sentido mais emergencial, de dar resposta ao que as ruas colocaram, que é o direito à saúde, mas precisa avançar”, disse. Ela defende os 10% da receita bruta e transparência na aplicação dos recursos. O CNS é vinculado ao Ministério da Saúde.