Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta terça-feira durante reunião de líderes da base do governo na Câmara, a manutenção do texto do projeto de lei aprovado pelo Senado que trata da destinação de 75% dos recursos dos royalties do petróleo e dos rendimentos do Fundo Social à educação e 25% à saúde.
Segundo ele, um dispositivo aprovado pela Câmara prevê que o repasse dos recursos dos royalties atinja também contratos já assinados por estados e municípios produtores, o que pode “judicializar” a proposta. “Como entendemos que é retroativo e a Ordem dos Advogados do Brasil fez um alerta dizendo que essa mudança da Câmara poderia judicializar novamente a discussão dos royalties, senti, da parte de todos os líderes na reunião hoje que eles não correrão esse risco. Vai evitar a judicialização e não haverá alterações para trás em estados e municípios [produtores]. Essa foi a grande convergência”, disse Mercadante.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse que a proposta deve ser votada de hoje para esta quarta-feira. “Vamos evitar a judicialização. Na hora que judicializa, para tudo. Até amanhã, vamos buscar um consenso”, frisou.