Brasília - Em resposta às entidades médicas que criticaram o Programa Mais Médicos, lançado ontem (8) pelo governo federal, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que a proposta ainda será amplamente debatida no Congresso e que as mudanças valerão apenas a partir de 2015.
“Esse é um debate legítimo, transparente e democrático. Estamos fazendo uma proposta para os estudantes que vão entrar em 2015. Ou seja, temos um ano e meio para debater esse assunto”, frisou o ministro. “Estamos trazendo uma experiência que a Inglaterra iniciou e que vários países do mundo adotaram. Isso melhora o serviço de saúde para o povo e isso permite humanizar o médico”, acrescentou Mercadante.
Entidades médicas consideraram o Programa Mais Médicos inadequado e explorador. As entidades também criticaram a possibilidade de contratação de médicos formados em outros países.
Apesar de o governo ter enviado a proposta na forma de medida provisória, ou seja, já com poder de lei, Mercadante ponderou que há tempo para o debate e que o Executivo quer transparência na discussão do tema. “O objetivo nosso é transparência, ouvir os argumentos. Não temos nenhuma visão preconcebida. Temos tempo para debater. Isso só vale para os alunos que vão entrar a partir de 2015”, disse.