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"Dossiê Jango" traz dúvidas sobre morte do ex-presidente João GoulartTudo pronto para a exumação do corpo de João GoulartExumação de Jango é marcada para 13 de novembroMinistra diz que exumar os restos mortais de Jango "também é exumar a ditadura"Jango terá honras de Estado em processo de exumaçãoMilitares perseguidos pela ditadura falam à Comissão Nacional da VerdadeComissão da Verdade de São Paulo ouve depoimentos sobre Chacina da LapaComissão da Verdade vai investigar empresas suspeitas de colaborarem com a ditaduraA ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse ao abrir a reunião que a investigação está sendo feita a pedido da família e que é um dever do Brasil promover o resgate histórico das circunstâncias que envolvem a morte de Jango, como era conhecido o ex-presidente, “que foi deposto, perseguido pela ditadura militar e é o único presidente da República brasileiro que morreu no exílio”.
A ministra de Direitos Humanos disse que o objetivo da reunião é constituir um grupo de trabalho para coordenar a exumação e a perícia dos restos mortais do ex-presidente, enterrados no município gaúcho de São Borja. Segundo ela, “é necessário que as circunstâncias de sua vida e sua morte sejam conhecidas da nação brasileira”.
Maria do Rosário reconheceu que, devido ao tempo decorrido desde a morte de Jango, a perícia pode não esclarecer as dúvidas sobre as causas do óbito, mas o governo se sente obrigado a atender ao pedido da família e providenciar os meios necessários para a realização da perícia técnica e documental.
Além da família do ex-presidente, participam da reunião a secretária de Direitos Humanos do Uruguai (país onde Jango esteve exilado antes de ir para a Argentina), Graciela Jorge; representantes da Cruz Vermelha Internacional e Brasileira; e peritos da Polícia Federal.