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Senado adia votação sobre regra para suplênciaSenado pode acabar com cargo de suplente para cônjuge ou parente de senadorBancada mineira no Senado pode ser formada apenas por suplentesSenado volta atrás e aprova texto original e reduz número de suplenteMesmo rejeitada em plenário, Renan insistirá na redução de suplentes“Ninguém pode dizer que eu não disputei as eleições para o Senado. Primeiro, porque subi os morros, subi as favelas do Rio de Janeiro para pedir voto para o meu senador e para mim, também. Tanto é que, quando me perguntavam da minha não disputa, eu dizia – o Crivella tinha o nº 100 –, uma frase que se tornou até conhecida: ‘Vote no 100, que você está votando em mim também’”, disse o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), que entrou no Senado no lugar de Marcelo Crivella, licenciado para assumir o Ministério da Pesca. Outros suplentes, como Antônio Carlos Rodrigues (PT-SP), reforçaram o argumento de que “trabalham como um titular”. Os dois senadores por Minas que votaram contra a proposta, Clésio Andrade (PMDB) e Zezé Perrella (PDT), chegaram à Casa como suplentes.
Outros senadores foram à tribuna, mas para criticar a pressa nas votações. Delcídio Amaral (PT-MS) disse que todos estavam constrangidos e muitos nem sabiam como votar. O líder do PT, Wellington Dias (PI), afirmou que o constrangimento era maior por se tratar de um debate sobre um tema isolado da reforma política. O fim das suplências era uma das questões propostas pelo Planalto para o plebiscito.
O autor da proposta, José Sarney (PMDB-AP), fez um apelo, sem sucesso, pela aprovação da matéria. “Estou tomado de surpresa com a dimensão que foi dada a essa emenda, que foi colocada como a mais simples de todas as destinadas a uma reforma política, porque não iria criar nenhuma controvérsia”, disse, acrescentando que o Senado passa a ideia de que jamais votará uma reforma política, já que não consegue avaliar nem mesmo um item isolado.