Pelo menos dez municípios em Minas Gerais já estão com a realização de novas eleições aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. A cidade mais recente a entrar na lista é São Bento Abade, no Sul do estado. Nessa quinta-feira, por unanimidade, a corte da Justiça Eleitoral cassou o diploma do prefeito reeleito, Reinaldo Vilela Paranaíba (PTB), e de seu vice, José Quintiliano dos Santos, por abuso de poder durante o pleito de 2012. Outras cidades ainda estão com processos pendentes e podem aumentar, ainda mais, a lista. De acordo com o relator do processo, desembargador Wander Marotta, os discursos feitos durante inaugurações de obras na cidade a apenas quatro dias das eleições são de “patente gravidade”. Ainda conforme o relator, na cerimônia, que contou com a participação do deputado estadual Dilzon Melo, foi condicionada a continuidade do programa de construção de casas à reeleição do prefeito. Essa postura teria demonstrado “o abuso na realização de inauguração de obra pública, bem como na proposital confusão entre a publicidade institucional e a propaganda eleitoral”, conforme Wander. A ação foi proposta pela candidata a prefeita não eleita Janete Rezende Silva (PT) e ainda cabe recurso.

Problemas com os prefeitos eleitos na últimas eleições já levaram os eleitores de outras quatro cidades do estado novamente às urnas. Diamantina, no Vale do Jequitinhonha; Cachoeira Dourada, no Triângulo; Biquinhas, na Região Central e São João do Paraíso, no norte de Minas,tiveram que fazer nova escolha em abril. Entre as cidades que estão com novas eleições marcadas, Santana de Cataguases, na Zona da Mata, é a única que já tem data agendada. Os eleitores da localidade voltarão às urnas no dia 01 de setembro.

Além de São Bento Abade, aguardam a definição da data do novo pleito: Vernelho Novo, Espinosa, Rio Pardo de Minas, Água Boa, Santa Helena de Minas, Montezuma, Mathias Lobato e Machacalis.