Levantamento feito pelo Estado de Minas nas 16 últimas atas publicadas no Minas Gerais mostra que a assiduidade não é a principal característica dos parlamentares. No período, houve deputado que compareceu a apenas três, cinco ou seis reuniões ordinárias. Para se ter uma ideia, duas dessas sessões não chegaram a ser abertas porque havia menos de 26 parlamentares presentes. Dos 77 deputados, 51 compareceram a mais da metade das reuniões, segundo as atas analisadas.
A PEC, que tem como primeiro signatário o deputado Sargento Rodrigues, determina que os deputados receberão a remuneração “proporcionalmente ao comparecimento efetivo às sessões ordinárias”. A Casa tem reuniões deliberativas às terças, quartas e quintas-feiras, às 14 horas. Com isso, por mês, os deputados estariam obrigados a comparecer a uma média de 12 sessões. As extraordinárias, feitas pela manhã ou à noite e que até dois anos atrás eram remuneradas com adicional, não constam do projeto.
Na justificativa, o autor afirma que “não se pode privilegiar os parlamentares que não comparecem parcial ou integralmente aos debates travados nas sessões ordinárias em detrimento daqueles que efetivamente comparecem”. No projeto, a alegação é de que, como recebem subsídios dos cofres públicos, nada mais correto do que vincular o pagamento ao comparecimento aos trabalhos. O presidente Dinis Pinheiro (PSDB), ao ser perguntado sobre a PEC, disse ser favorável a todos os avanços no Legislativo.
Salários
Até meados do ano passado, os deputados recebiam benefícios além dos 13 salários anuais. Eram feitos 15 pagamento, sendo um no início e outro no fim do ano, a título de verba de paletó, o que totalizava oito contracheques extras ao longo do mandato de quatro anos. Em julho de 2012, os parlamentares aprovaram projeto de autoria da Mesa Diretora acabando com o pagamento da verba a cada ano. Eles só têm direito agora a duas parcelas, uma no início e outra no fim do mandato.